Capítulo 8

"Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê
A noite é muito longa,
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer.
Será que alguma coisa,
Nisso tudo, faz sentido?
A vida é sempre um risco,
Eu tenho medo do perigo.
Lágrimas e chuva
Molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê
O mundo é muito injusto
Eu dou plantão nos meus problemas
Que eu quero esquecer
Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos este instante
Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o fim da história
De mil e uma noites
De suspense no meu quarto"


Desejo coisas, coisas...Parecem que preenchem temporariamente o vazio que teima em morar dentro de mim depois de muitas sessões no divã. Bom creio que alegria temporária seja melhor do que tristeza sem fim. Podem me chamar de futil, materialista, consumista...Mas meu "consumismo",se assim preferirem, é a minha melhor terapia.O que me faz melhor. Fico frustrada quando quero algo NAQUELE MOMENTO...e não consigo. Não confundam isso com "mimo", não fui sempre assim. A minha criptonita mora em mim, sou meu veneno e meu antídoto. Carrego no peito uma bomba relógio que em vez de "tic-tac" faz "tum-tum". Uma heroína auto-destrutiva e construtiva.Até a próxima.



Hasta la vista baby.